Ora vamos lá ver se eu consigo por a conversa toda em dia....
O piolhinho: passou de ano para o 4º com notas razoáveis, não sei se tinha aqui comentado, mas tivemos alturas muito complicadas, apesar de não ter nada a ver com o ano anterior, cheguei a ir com ele a uma psicóloga, foram apenas 2 sessões, mas foram o suficiente, lá em casa as coisas começaram a ficar bem melhores entre ele e o Micael, os medos começaram a desaparecer, deixou de me bombardear com as constantes perguntas "faz mal??" "vou morrer??" o vicio de andar constantemente a lavar as mãos também foi ficando mais esquecido, eu via da parte dele um esforço tremendo para perder o vício e ainda bem que conseguiu, só que se foram estes e voltaram outros, o cuspir a todo o instante quando podia, quando não podia guardava a saliva na boca não era capaz de a engolir, se fizéssemos uma viagem de carro de 30 ou 40 km só cuspia quando saísse do carro , eu não sei como ele aguentava com tanta saliva dentro da boca, começamos por lhe meter medo que fazia mal e que podia ficar com uma doença na boca e ele perdeu o vício eu sei que não é bom meter minhocas na cabeça deles mas de tão desesperados que andamos tentamos de tudo, agora começou por andar constantemente a arranhar a garganta, diz ele que sente lá uma coisa, e abrir e fechar a boca, porque diz que tem impressão nos ouvidos não sei se terá a ver com as alergias se não o que sei é que já andamos fartos de lhe chamar a atenção mas nada resolve ....
Partiu o braço direito a um mês do final do ano lectivo, durante um torneio de futebol, é o destino e que ninguém me diga o contrário, porque é assim, a posição dele em campo é defesa, tinha estado a jogar e depois foi substituído, mas como o guarda-redes não estava a defender nada, o professor perguntou aos do banco quem é que queria ir para a baliza e ele logo se prontificou, entrou em campo, defendeu umas 3 bolas, deixou marcar um e ouve-se o apito final, quando nisto um miúdo da equipa contrária chuta a bola e ele mete a mão para a tentar a apanhar e pimba fratura o pulso , nem imaginam a minha aflição e a do pai ao vê-lo a segurar no braço e aos gritos nem quero que me lembre se não da maneira que ando começo já a chorar, depois lá foi a massagista e colocou pomada e gelo, o pai foi buscá-lo ao campo e vieram ter comigo eles e a massagista, que dizia que em principio não seria nada uma vez que ele mexia os dedos, mas que era melhor irmos ao hospital fazer RX, o piolho não queria, mas como quem manda somos nós lá fomos e pronto confirmou-se 2 fracturas no pulso, andou 1 mesito com tala-gesso e agora já anda fino.
Por hoje chega se não deixo aqui mais que um testamento